É semente sempre a brotar
Nos coraçoes que ainda
Podem edificar um tempo
Apolinante-Dionisíaco
SALVE O Senhor de Delos,
de Delfos e dos Dias
8.7.08
A FILOSOFIA GREGA...É.
6.7.08
Soneto a Orfeu
Um deus pode. Mas como erguer do sol,
na estreita lira, o canto de uma vida?
Sentir é dois; no beco sem saída
dos corações não há templos de Apolo.
Como ensinas, cantar não é a vaidade
de ir ao fim da meta cobiçada.
Cantar é ser. Aos deuses, quase nada.
Mas nós, quando é que somos? em que idade
nos devolvem a terra e as estrelas?
Amar, jovem, é pouco, e ainda que doam
as palavras nos lábios, ao dizê-las,
esquece os teus cantares. Já não soam.
Cantar é mais. Cantar é um outro alento.
Ar para nada. Arfar em deus. Um vento.
Rainer Maria Rilke - trad. de Augusto de Campos
Soneto a Orfeu
Um deus pode. Mas como erguer do sol,
na estreita lira, o canto de uma vida?
Sentir é dois; no beco sem saída
dos corações não há templos de Apolo.
Como ensinas, cantar não é a vaidade
de ir ao fim da meta cobiçada.
Cantar é ser. Aos deuses, quase nada.
Mas nós, quando é que somos? em que idade
nos devolvem a terra e as estrelas?
Amar, jovem, é pouco, e ainda que doam
as palavras nos lábios, ao dizê-las,
esquece os teus cantares. Já não soam.
Cantar é mais. Cantar é um outro alento.
Ar para nada. Arfar em deus. Um vento.
Rainer Maria Rilke - trad. de Augusto de Campos**
Guia-me so a razão
Guia-me a só a razão.
Não me deram mais guia.
Alumia-me em vão ?
Só ela me alumia.
Tivesse quem criou
O mundo desejado
Que eu fosse outro que sou,
Ter-me-ia outro criado.
Deu-me olhos para ver.
Olho, vejo, acredito.
Como ousarei dizer:
Cego, fora eu bendito ?
Como olhar, a razão
Deus me deu, para ver
Para além da visão -
Olhar de conhecer.
Se ver é enganar-me,
Pensar um descaminho,
Não sei. Deus os quis dar-me
Por verdade e caminho.
Fernando Pessoa
Mais erros lógicos deliciosamente construidos..rss
é um erro logico alguem dizer
Bdsm é uma parafilia
os pedofilos pertecem ao grupo das parafilias
logos os praticantes de bdsm sao pedófilos... rss
vc nem precisa saber o que é parafilia,nem o que é podofilia,nem o que é bdsm, para percerber que a conclusao do silogismo acima é um absurdo logico!
mais erroS logicoS
Medicos quando corta corpos, vê pacientes padecendo dores
algum praticante de bdsm gosta de ver alguem padecer dor
logo, medico,exercendo sua profissao,está praticam bdsm!
ah, como o erro logico nao tem tamanho nem faz sentido...
pode-se concluir tbm:
praticantes de bdsm sao médicos...rs
Mulheres gostam de se depilar, qd se depilam sentem dor
algumas praticantes de bdsm gostam de sentir dor
logo, toda mulher ao se depilar estah praticando bdsm...
rs..rss..rss....
pois é, é isso...logo vou publicar mais ERROS LOGICOS
erros Lógicos
em homenagem ao Constantin e ao Jean Paul Sartre
vamos construir um erro lógico em cima do ser e o nada...relacionando com a pratica de bdsm: rsssssssss
Ler o ser e o nada é um sofrimento
todo praticante de bdsm gosta de sofrer
logo,quem gosta de ler o SER e O NADA
está praticando bdsm!
A lógica tem uma coisa boa: ela nos ensina a nao misturar os termos...rs..rssrss
bom dia, boa tarde, boa noite
Καλημέρα"
(pronuncia-se "kalimera", Bom dia),
Καλησπέρα (pronuncia-se "kalispera", Boa noite - ao chegar ou em cumprimentos casuais),
Καληνύχτα (pronuncia-se "kaliniXta", Boa noite - ao se despedir).
Aletheia
Verdade, realidade. Palavra composta pelo prefixo negativo a- e pelo substantivo lethe (esquecimento). É o não-esquecido, não-perdido, não-oculto; é o lembrado, encontrado, visto, visível, manifesto aos olhos do corpo e ao olho do espírito. E ver a realidade. É uma vidência e uma evidência, na qual a própria realidade se revela, se mostra ou se manifesta a quem conhece. A palavra grega difere de duas outras que vieram, com ela, formar a idéia ocidental da verdade: a palavra latina veritas, que se refere á veracidade de um relato; e a palavra hebraica emunah, que significa confiança; a numa palavra divina. Alethes, o verdadeiro, significa: o não-esquecido, o não-escondido; donde: sincero, veraz, justo, equitável, verídico, franco ou não dissimulado.
Marilena Chauí
Conceito
Um conceito ou idéia é uma rede de significados que nos oferece: o sentido interno e essencial daquilo a que se refere: os nexos causais ou a relações necessárias entre seus elementos, de sorte que por eles conhecemos a origem, os princípios, as conseqüências, as causas e os efeitos daquilo a que se refere. O conceito ou idéia nos oferece a essência-significação necessária de alguma coisa, sua origem ou causa, suas conseqüências ou efeitos, seu modo de ser ou de agir.
Os conceitos ou as idéias são redes de relações de significações cujos nexos ou ligações são expressos pelo pensamento somente através do juízo, pelos quais estabelecemos elos internos e necessários entre um ser e as qualidades, as propriedades, os atributos que lhe pertencem, assim como aqueles predicados que lhe são acidentais e que podem ser retirados sem que isso afete o sentido e a realidade de um ser. ( Marilena Chauí , filosofia .)
O que um conceito?
Todo conceito tem componente e é definido por elas.Tem, portanto, um núimero. Todo conceito é pelo menos duplo ou tiplo. Todo conceito tem um contorno irregular, definido pelo numero de suas componentes. Todo conceito é articulação, corte, recorte...
Um conceito não exige apenas um problema a apartir do qual refaça ou substitua conceitos precedentes, mas um encruzilhada de problemas onde se alie a outros coexistentes..Todo conceito tem uma historia (Deleuze, que é Filosofia)
Tempo de ser....
tempo de plantar ser, tempo de estar a esperar ser.
Tempo de ser: ato-potência:
O ser foi plantado, está plantado. É forma, se fez forma e tem nela toda a possibilidade de outras formas.É a semente que se transformou em arvore segundo as suas potencialidades. È a criança que se fez homem, se fez velho e, segundo suas possibilidades, se fez velho sábio.Por isso que o tempo de ser traz uma curiosidade muito calma, o que era só uma potencia cresceu, se desenvolveu, se fez segundo sua exata medida.Neste momento, por um bom tempo, nada mais resta a fazer: Só ser.
Tempo de ser é tempo em que já se plantou, já se colheu e em que aprendemos a ver que não se pode apressar o curso das coisas...E o tempo velho, Mas também o que sempre virá, o tempo em que nos vemos sábios, as cismas somem, toda curiosidade é só a expressão de uma tranqüilidade.
O tempo de ser, é sempre, mesmo quando não se manifesta, toda criança será um dia um velho, todo velho pode ser tornar um sábio, ele existe como semente na criança.
Tempo de plantar ser:
Gerar possibilidades de atualizar o ser, dar uma forma ao que é só potencia de ser.
Tempo de estar a esperar ser:
O que é possibilidade de ser está suspensa, em transito, em movimento visível ou não. É quando a semente foi plantada e não sabemos se ela vai pegar ou não, é quando esperamos algo ser, algo acontecer mas não sabemos quando será, nem se será.
Ser é ser potencialidade de vir se tornar algo no tempo, de ter uma forma e ir além dela, de ocupar um lugar no espaço ou estar suspenso nele. Ser é estar em movimento, em devir, em trans-form-Ação.
O tempo de plantar o ser é sempre plenitude de um presente.
Na semente está, como potencialidade, todo um mundo a se manifestar, a vir a ser. Penso no ato de jogar a Semente na terra, quando ela ainda está na mão, em de forma concha, do semeador, quando ele a solta, no instante mesmo em que ela está caindo, indo encontrar a terra fértil, aí neste movimento ela ainda não é nada, não está na terra, saiu da mão do semeador.Neste transito toda possibilidade dela vir a ser está suspensa, ela é só virtualidade, isto é, ocupa lugar num espaço suspenso.No entanto não se pode deixar de considerar que ela mesma é uma virtualidade na medida em que é só potencia de ser algo.No interior de toda semente, no micro mundo dela, um movimento incessante se dá, movimento imperceptível para os olhos, movimento que é só possibilidade de transformação.Poder ir além da forma é ser virtual.Portando, temos: a noção de virtualidade como transito de algum corpo no espaço suspenso; virtual como potencialidade de ir além da forma.Encontramos em ambas estas noções a idéia de movimento, um interno, regido pelas leis de coesão/dispersão, de atração repulsão entre as partículas, (VER) movimento este sempre imperceptível aos olhos, pois se dá no mundo do infinitamente pequeno, o outro externo, isto é, deslocamento no espaço, no qual entra em questão a lei da gravidade.
A compreensão do que é o SER, talvez, só possa vir, se parássemos para “olhar” o invisível, o mundo do infinitamente pequeno.
Quando um sábio grego disse que o espaço está cheio de deuses ele queria dizer que existem coisas que não podemos compreender, ou por que são infinitamente pequenas, invisível para nós, ou porque estão infinitamente distantes e também não podemos ver, Mas, não podemos negar a possibilidade de concebe-las, isto é, algo pode existir, mesmo que não se possa vê-lo, e se não podemos conceber algo isto não quer dizer que não seja possível a existência do que negamos.Ser é ser percebido...Um objeto qualquer pode não existir pra minha consciência, mas isso não significa dizer que ele definitivamente não exista.
Vejamos um simples exemplo: vejo uma semente, não sei se é semente de uva, de pêra ou de amoras, o fato de desconhecer no que ela pode ser transformar, não me autoriza a afirmar que tal semente não vai se transformar numa determinada arvore(de pêra, de uva, de amoras), do mesmo modo, não posso dizer que a tal arvore não existirá, só porque ela ainda não se fez visível.
Passado-presente-futuro
O tempo tem três caras
Uma é a de um velho
Talvez triste, talvez alegre,
Talvez curvo pelo peso das eras,
Talvez com a cara de um grande
Carvalho no meio,
Ou, quem sabe?Bem tranqüilo,
Sereno, de olhar atento,
Que não julga, que não cisma,
Pois sabe que tudo é
A seu tempo!
A outra cara
Que o tempo tem
É bem fresca,
De pele suave.
Com rosado
Nas bochechas,
De olhar curioso,
De mãos ávidas,
Sempre a querer agarrar
O que vê pela frente
Como se tudo fosse
Um brinquedo a espera
De ser construído.
É Cheio de pressa
Vem e vai, vai e vem...
A querer ser infinitas
Possibilidades.
A ultimo rosto
Que o tempo tem
Nunca ninguém viu,
Nunca ninguém pôde ver
É sempre o que poderia ser
E nunca se sabe como será,
Ou mesmo se será.
Pode parecer um germe
Um botão
Talvez de rosa perfumosa
Talvez uma rosa feita só
De espinhos
Talvez um germe
De pinhos, de pinhas.
De sementes de vinhas
Nunca ninguém o viu
É só um rosto que pode ser
Que pode nascer
Sua natureza é não-ser
Ele é feito de não estar,
Só de poder ser.
...
Tanto tempo não via este rosto
Vejo agora que o havia esquecido
Onde dele me perdi?
Uma música me faz
Olhar para ele agora
Vejo que ele olha para mim...
Hire encore j’avais vingt ans
Eram tempos frescos!
Tempo de plantar...
E eu vivia de namorar
Infinidades de sonhos
Às vezes andava com
Os pés nas nuvens
Às vezes trazia uma estrela
Para dormir comigo
Numa cama ao pé do mar
Outras vezes
Acordava ao lado da lua
Com grandes e belas ondas
Batendo por dentro mim
Eu tinha vinte anos
Meu rosto era tão jovem
Sempre a espera de ser,
De poder ser uma definição
De expressão:
Uma ruga, uma rua, uma rota,
Eu era só vontade
De ser um caminho
Buscava e me perdia
Perdia o tempo e me via
Cercado de espaços abertos
Em possibilidades de correr países,
Comer culturas, recriar o mundo...
Hier encore j'avais vingt ans
Je suis ici, encore
...
Ce visage dans la musique
Regade le futur...
Vê rotas que não traçou,
Sorrindo ao que sou,
Beija um pedaço de lua
Caindo dentro do tempo...eterno.
O Lúdico -a arte de com-fiar.
O lúdico é um modo de fazer. É um jogo, melhor dito, é o modo como um jogo é construído.A essência do lúdico só pode ser encontrada na construção do jogo e do jogar lúdicos.Tal construção implica:
Graça, leveza, alegria, participação: criação, recriação.
Dizer que o lúdico é um jogo e que sua essência só pode ser encontrada na construção dele, não significa dizer que esta construção é subjetiva.Quem sente alegria, leveza ao participar de um jogo, sente por está envolvido na construção dele. Não é o conteúdo do jogo (de um texto) que nos leva ao lúdico, também não é a compreensão a que chegamos ao terminar sua leitura.Uma pessoa ao ler um texto, a ter a compreensão dele pode sentir angustia, dor, solidão, saudades, nostalgias, etc, mas estes sentimentos não se prendem, necessariamente, ao modo como o texto foi construído.
Parece que o jogo e o jogar lúdicos giram em torno da construção de metáforas (se falamos de jogo e jogar literários, num sentido amplo). Não são os sentimentos e emoções que estas metáforas despertam em nós o objeto do lúdico, sua essência ou conceito, mas sim, o modo como as metáforas são tecidas.A alegria, a graça e a leveza as quais nos referimos se relacionam com a tessituras das metáforas, talvez também, com as texturas delas.
Quando falamos que o lúdico é um jogo - jogar, queremos dizer que a sua construção exige uma reconstrução, por parte de quem entra em contacto com ele, de quem se poe a jogar.Talvez seja este reconstruir o jogo - jogar o que desperta alegria e leveza em nós.Aqui uma outra questão fundamental se apresenta: o lúdico implica CRIAÇÃO ORIGINAL, mesmo que esta pareça só uma recriação.
Parece que o lúdico está relacionado com a tessitura de intermetáforas, que, ultrapassando aquelas originalmente construídas, tornam-se, ambas, trans-metaforas.Talvez por isso a literatura seja, essencialmente, lúdica.
Dizer que o lúdico é construção de inter-metaforas, gerando transmetáforas, significa dizer que, no jogo lúdico, o jogador recriando o jogo, torna-se, ele mesmo, o jogo e o que é jogado, isto é, tudo se trans-forma, cada vez mais, gerando pequenos fios de um tecido que se vai tecendo, levemente, alegremente, com graça, na alma de quem joga.
Disso tudo decorre: o lúdico nada tem a ver com formalismos e formalidades, com regras externas à construção do jogo .
A arte de educar, arte de levar a pensar, está intimamente relacionada com este jogo, esta arte implica , portanto, “fiar de novo”,fiar brincando, confiar no jogo, tecer metáforas, construir e reconstruir textos, contextos,mundos, realidades, vida....Idéias!
Sobre a questao da Realidade
Desde o surgimento da filosofia ou, desde que o homem tem consciência de si, o problema do que é a realidade o perturba. Os filósofos buscavam, provavelmente ainda continuam a buscar, definir a realidade, entendendo por tal, algo que não mudasse, que não fosse um devir eterno.Assim concluíram que, basicamente, existem dos tipos de realidade: a pensada e a sensível, a primeira tem um caráter de universalidade, valendo para todos os homens.Poderíamos dizer que esta realidade pensada se refere ao mundo dos conceitos, isto é, ao que defini o que as coisas são.
Entre os gregos, de um modo geral, esta realidade pensada, é exterior ao homem, pois em tudo que existe, está presente o logos universal, a inteligência cósmica, este lógos que nos convida sempre a conhecer, a compreender as coisas.
Entre os modernos houve, por assim dizer, uma inversão desta idéia, a partir do “penso, logo existo”, de Descartes.
Mas, afinal, o que é a realidade?
Será que existe mesmo uma realidade pensada e outra só sensível?
Se existem duas realidades, são e estão separadas?
Será mesmo que a realidade pensada está dentro de nós, é subjetiva?
Se for subjetiva como poderia valer para todos os homens?
Seja o que for que esteja no centro do mundo,
Deu-me o mundo exterior, por exemplo, de realidade,
E quando digo “isto é real”, mesmo de um sentimento,
Vejo-o sem querer em um espaço real exterior,
Vejo-o com uma visão qualquer fora de mim.
Ser real quer dizer não estar dentro de mim.
De minha pessoa de dentro não tenho noção de realidade.
Sei que o mundo existe, mas não sei se existo.
Estou mais certo da existência de minha casa branca
Do que da existência interior do dono da casa branca.
Creio mais no meu corpo do que na minha alma,
Porque meu corpo apresenta-se no meio da realidade,
Podendo ser visto por outro,
Podendo sentar-se e estar de pé,
Mas minha alma só pode ser definida por termos de fora,
Existe para mim nos momentos que julgo que efetivamente existe
Por um empréstimo da realidade exterior do Mundo.
Se a alma é mais real
Que o mundo exterior, como tu, filósofo, dizes,
Para que é que o mundo exterior me foi dado como tipo de realidade?
Das obras completas de Fernando Pessoa, poesia de Alberto Caeiro.
Sujeito------- conciencia-------objeto
Realidade física, concreta, sensível.
Realidade onírica, não sensível.
Realidade pensada, não sensível.
Mundo sensível, concreto: mundo do devir sem fim, das mudanças.
Por isso não é possível o conhecimento a partir desse mundo.
Mundo onírico, da imaginação, das imagens em eterno movimento, mundo em que a consciência tende a se envolver e por isso não pode conhecer..
Realidade pensada, mundo das idéias, em Platão este mundo tem uma existência independente do sujeito pensante, isto é, do sujeito que conhece.
Nos modernos, este mundo é prerrogativa do homem, do ser que pensa. Guardando as diferenças em relação ao fato de o mundo inteligível ter ou não uma exigência objetiva, fora do sujeito que conhece, somente a partir desse mundo que é possível o conhecimento, pois só é possível conhecer o que não está em constante devir...
O Jogo do Filosofar
Avançar, deter-se diante de.Eterno jogo do ocultar revelando-se, eis os exercício do filosofar.Neste jogo sem fim o homem aparece como centro do processo, obrigado, sempre, a voltar-se sobre si mesmo, a se torcer, numa tentativa de buscar poder olhar-se e, com um pouco de sorte, quem sabe, poderá se ver. Isto por que, dentre todos os seres, o homem é o único que se sabe incompleto.
Deter-se diante de, avançar e recuar. Diante do que o homem se detém? Por que ele se obriga a avançar?
Segundo os gregos tudo o que existe está impregnado de logos, de inteligência cósmica, é esta inteligência presente nas coisas que convida nosso olhar a perscrutar as coisas, convida nosso olhar a se demorar sobre elas, demorando-se pode pôr-se na escuta, para compreender o que as coisas são, por que são como são, o que as torna o que são.
Todo filosofar pressupõe este jogo: recuar/avançar, ocultar-se e revelar-se.É, sem dúvida, um jogo de sedução, um jogo amoroso.Nele não se pode ir com muita sede ao ponte, senão o que buscamos escapa-nos, não pode haver afobação, pressa, relaxamento.Pelo contrario, é preciso cuidado, tranqüilidade, atenção concentrada, recuo pré-medtado, constante dis-posição, encantamento.
FLB
27.6.08
Exuberantes Deuses Olimpicos
Quem se aproximar dos deuses olimpicos a procura de elevaçao moral, de santidade e de imaterialidade espiritual; quem for procurar nos olhares deles a expressao de amor e de piedade; se tiver seu coraçao formado por outra disciplina religiosa, em breve desistirá de conviver com eles, irritado e desiludido.No Mundo Olímpico nada há que lembre o aascetismo, a imaterialidade ou o dever; há uma vida exuberante,triunfante,na qual tudo, tanto o bem como o mal,se encontram igualmente divinizado
Nietzsche- a origem da Tragedia
Se os deuses sao criados a imagem e semelhança dos homens
entao dá para imaginar a vida exuberante dos homens gregos de outrora
17.6.08
O que é isto - A Filosofia?
Martin Heidegger
A palavra grega philosophia remonta a palavra philosóphos.Originariamente esta palavra é um adjetivo como philárggros,o que ama a prata,como philótimos, o que ama a honra, a palavra philósophos foi presumivelmente criada por Heráclito.Isto quer dizer que para Heráclito ainda não existe a philosophia. Um anér philósophos não é um homem "filosófico".o Adjetivo grego philósophos significa algo absolutamente diferente filosófico, philoosofique. Um anér philósophos é aquele, hòz philei tò sophón, que ama a sophón; philein significa aqui, no sentido de Heraclito: homologein, falar assim como o Lógos fala, quer dizer, corresponder ao Lógos. Este corresponder está em acordo com o sophón.Acordo é harmonia. O elemento especifico de philein amor, pensado por Heráclito é a harmonía que se revela na recíproca integração de dois seres, nos laços que os unem originariamente numa disponibilidade de um para com o outro.
O anér philósophos ama o sophón. O que esta palavra diz para Heráclito é difícil traduzir, Podemos, porém ,elucidá-lo a partir da própria explicação de Heráclito.De acordo com isto tò sophón significa: Hèn Pánta "Um (é) Tudo" . Tudo que dizer aqui: Pánta ta ónta ,a totalidade, o todo do ente. Hén, o Um, designa : o que é o um, o único, o que tudo une. Unido é, entretanto, todo ente no ser.O sophón dignifica: todo ente é no ser.Dito mais precisamente, o ente é o ser. Nesta locução o "é" traz uma carga transitiva e designa algo assim como "recolhe".O ser recolhe o ente pelo fato de que o é o ente.O ser é recolhimento -Lógos
Todo ente é no ser .Ouvir tal coisa soa de modo trivial em nosso ouvido, quando não de modo ofensivo.Pois, pelo fato de que o ente ter seu lugar no ser ninguém precisa preocupar-se.Todo mundo sabe: ENTE É AQUILO QUE É . Qual a outra solução para o ente a não ser esta: ser? E Entretanto: precisamente isto, que o ente permaneça recolhido no ser, que no fenômeno do ser se manifesta o ente; isto jogava os gregos no espanto, e a eles primeiro unicamente, no espanto.Ente no ser: isto se tornou para os gregos o mais espantoso
Entretanto, mesmo os gregos tiveram que salvar e proteger o poder do espanto deste mais espantoso - contra o ataque do entendimento sofista , que dispunha logo de uma explicação, compreensível para qualquer um, para tudo e a difundia.A salvação do mais espantoso - ente no ser- se deu pelo fato de que alguns se fizeram a caminho de sua direção, quer dizer, do sophón. Estes tornaram-se por isto aqueles que tendiam para o sophón e que através de sua própria aspiração despertavam nos outros homens o anseio pelo sophón e o mantinham aceso o philein tò sophón, aquele acordo com o sophón de que falávamos acima, a harmonia, transformou-se em órecsis, num aspirar pelo sophón.O sophón - o ente no ser - é agora propriamente procurado.Pelo fato de o philein não ser mais um acordo originário como o sophón, mas um singular aspirar pelo sophón, o philein tò sophón torna-se "philosophia".Esta aspiração é determinada pelo EROS.
Uma tal procura que aspira pelo sophón, pelo hén pánta, pelo ente no ser se articula agora numa questão: o que é o ente enquanto ente? Somente agora o pensamento torna-se "filosofia" Heráclito e Parmênides ainda não eram "filósofos".Por que não? Por que eram os maiores pensadores."Maiores" não designa aqui o calculo de um rendimento, porém , aponta para outra dimensão do pensamento.Heráclito e Parmênides eram "maiores" no sentido de que ainda se situavam no acordo com o Lógos, que dizer com Hén Pánta. O passo para a" filosofia", preparado pela sofística, só foi realizado por Sócrates e Platão. Aristóteles, então, quase dois séculos depois de Heráclito, caracterizou este passo com a seguinte afirmação: kai dè kai tò pálai te kai nyn kai aei zotóumenon kai aei aporoúmenon, ti tò ón? (Met. Z 1, 1028b 2s).Na tradução isso soa: "Assim,pois, é aquilo para o qual a (filosofia) está em marcha já desde os primórdios, e também agora e para sempre e para o qual sempre de novo não encontra acesso (e que é por isso questionado): o que é o ente?" (ti tò on)."
A filosofia procura o ente enquanto ente.A filosofia está a caminho do ser do ente, quer dizer, a caminho do ente sob o ponto de vista do ser.Aristóteles elucida isto, e acrescenta uma explicação ao ti tò ón, o que é o ente?. Na passagem acima citada: toutó esti tis he ousia?. Traduzido:" isto(a saber ti tò ón)significa: que é a entidade do ente?" O ser do ente consiste na entidade.Esta porém - a ousia- é determinada por Platão como idéia, por Aristóteles como enérgeia .
De momento ainda não é necessário analisar mais exatamente o que Aristóteles entende por enérgeia e em que medida a ousia se deixa determinar pela enérgeia. O importante por ora é que prestemos atenção como Aristóteles delimita a filosofia em sua essência. No primeiro livro da "Metafísica" (Met.A2 982 b 9s) o filósofo diz o seguinte: a Filosofia é epistéme tõn prõton archõn kai aitiõn theoretiké. Traduz-se facilmente epistéme por "ciência" .Isto induz ao erro, porque, com demasiada facilidade, permitimos que se insinue a moderna concepção de "ciência".A tradução de epistéme por "ciência" é também então enganosa quando entendemos "ciência" no sentido filosófico que tinham em mente Fichte, Schelling e Hegel.A Palavra epistéme deriva do particípio epistámenos.Assim se chama o homem enquanto competente e hábil(competência no sentido de apparternance).A filosofia é episteme tis , uma espécie de competência, theoretiké, que é capaz de teorein, quer dizer, olhar para algo e envolver e fixar com o olhar aquilo que perscruta, é por isso que a filosofia é epstemé theoretiké. Mas o que é isso que ela perscruta?
18.5.08
Vontade de deus
Penso que os humanos tem ,sim, vontade de..ser UM DEUS...VONTADE de ser além de suas limitações...
além de de seus condicionamentos!
Por causa
dessa VONTADE DE SER...DEUS...
que os homens nunca vão cessar de criar divindades...
Está no sangue dos humanos essa vontade...
**
Sou panteista.....
Deus é tudo que existe ou pode vir a existir..é tbm toda e qualquer possiblidade.....
Ah, deus tbm é, justamente por ser tudo, esse deus cristao, tao milernamente adorado pelo ocidente...Nao sou cristâ!
tbm é certo
que não há como conhecer tudo isso que existe, e que pode vir a existência, por isso, também, sou agnostica!E porque amo a filosofia, nao tenho compromisso com dogma de religiao alguma, nunca tive nenhuma religiao, jamais terei! Não frequento templos, nao para adorar deus algum!
Deus existe?
A divindade existe? claro que existe! É a NATUREZA,
NATUREZA NO SENTIDO DOS PRE-SOCRÁTICOS.
TODO O RESTO é vontade, pura vontade de cienTIFICAR!
AS VONTADES
DE teologizar e de cientificar sao irmãs gêmeas!
Uma , a vontade de teologizar é o buraco negro da metafísica,
a vontade de cientificar é a coisa escura da ciencia....(rsss)
E assim caminham os mortais, ora no templo dedicado a deusa ciência,ora no outro templo...
E nunca cessam de cientificar nem de teologizar
A filosofia anda ao largo, olha e sorri
vendo que os homens sao cheios de vontades....
Esteves sem Metafísica ...
Vcs acham que a realidade, "precisa" ser exatamente oq é, ou ela poderia ser diferente?
A realidade é o que é? O que faz com que ela seja o que é,faz com que ela sempre apareça diferente...Isso que aparece sendo, que aparece sempre diferente, nao parecisa de nós, sempre é-sendo necessariamente!
(hoje estou meio metafisica, um cadinho ontologica...rsss...)
Um cadinho da "Tabacaria" do Esteves sem metafísica( rs)
Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!Alvaro de Campos
lendo todo o poema
e me mordendo de rir..me estalando no chao de tanto rir...e pq estou, assim, a rir tanto?
Veja vc, para o Esteves sem metafísica, o que sai da tabacaria metendo o troco na algibeira, toda a metafísica se resume nisso: meter o troco na algibeira.O que seria a metafisíca para a pequena que come chocolate?E para o dono da tabacaria, o outro Esteves, que é a metafisica?
(rs....rsss....o Alvaro é simplesmente genial)
A realidade é o que é, é meter o troco na algibeira,é comer chocolates,é ser dono da tabacaria,é conceber que a realidade é o que é, sem buscar sentido para ela, por perceber que ela exatamente como é,
É SER SEM METAFISICA..
Buscar sentido,investigar, ponderar sobre o que faz com que a realidade seja este" sempre é sendo,necessariamente",pode nos levar a conceber que a realidade é a pequena suja a comer chocolates, o homem que mete o troco na algibeira, o dono da tabacaria, o poeta(o Alvaro de Campos) a escrever este " "Tabacaria", o Fernando Pessoa que concebeu o Álvaro, é conceber Portugal, conceber um Kant.....etc etc..
E por trás de tudo isso que realidade é, há algo que faz com que ela seja sendo sempre diferente do que parece ser,do que aparece sendo!
hoje o dia deu em chuvoso....que coisa boa,
não é minha percepçao do dia que mudou....rs...
Minha percepção de que o dia mudou..é que é uma coisa boa!
o que faz com que a realidade apareça sempre sendo e sendo diferença?Nao sei!
Os adoradores de divindades tem um nome para isso, Isso que faz com que....
Mais um cadinho do "Tabacaria"... do Campos
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido
**
Como é que o homem medieval percebia a realidade?
Provavelmente ela tinha, esparrramada por todos os lados, a cara de um deus.Mas, a realidade medieval era só esta cara de um deus esparramado?
O Homem medieval poderia conceber uma realidade como a nossa e no centro dela toda esta virtualidade, o Orkut, a WEb, o capitalismo,o homem voando em sua grandes máquinas, os dinheiro de plastico..e.tc...etc..etc?
Talvez até pudesse sim....algum homem medieval a sonhar, a intuir que a realidade esta sempre sendoa realidade é o que é, é o que faz com que ela seja sempre diferente.A percepçao que se pode ter da realidade pode,também, sempre ser diferente!
É certo que a realidade medieval nao é a mesma de hoje, e isso nao depende do modo como percebemos as duas realidades!
UMA QUESTAO DA QUERIDA NIL, LAH NO ORKUT:
Foi num topico da Nil, no Orkut, onde brinquei com ser metafisico e ser um mero esteves sem, a pergunta inicial é da NIL
nil disse
"é certo que a realidade medieval nao é a mesma de hoje...Quer dizer que, mudando as condições, muda-se a realidade tbm né, se for assim e só podemos analisar a realidade, como esse "agora" e nada de tão fixo, ler esses filósofos antigueiras não serviria de nada, nem suas definições.
NÃO, a realidade muda, mudam as condiçoes, muda quem percebe toda a mudança....Como diria o velho sabio de Efeso, tudo é devir....Por isso, pq tudo muda, pq esta é a lei maior, sempre serve para algo ler os filosofos antigueira, uma vez que eles não se ocupavam em saber o que é esta realidade nem aquela realidade,(medieval, por exemplo) nem em que condiçoes percebemos mudanças...Eles queriam saber..O QUE É ISSO QUE SERIA A REALIDADE, o que seria esta coisa que sempre muda,o que é isso que aparece sendo e nao é o que aparece!
Vale a pena ler os antigos,eles faziam filosofia pura, pura ONTOLOGIA. HOJE TUDO É METAFISICA,OU SEJA.. tudo se resume ao que é do momento, ao modo de como se percebe, ao modo como reduzimos tudo aos nossos desejos, ao que estaria em nossa mente,melhor dito:O ser na realidade,o SER da realidade nao tem mais importancia !Tudo é ENTIFIICADO, ENTAO A METAFISICA FICOU SENDO SO ISSO:
comer chocolates, meter o troco na algibeira e gritar:OLA, ESTEVES SEM METAFISICA!
Tentando definir os temos
o que é ser sem metafisica?
É meramente comer chocolates, é somente meter o troco na algibeira, eh estar a porta e gritar, meramente,"ola, Ó esteves sem metafisica"(RS) é nao pensar, de modo algum em nenhum desses atos, é nao buscar a causa deles!
O QUE É SER METAFISICO?
É pensar e muito na razão de ser de comer chocolates,
no ato de meter o troco na algibeira,
no grito do poeta para o esteves sem metafisica...
Pensar na razao de ser de todas essas pequenas coisas
e achar a causa bem a mão,
reduzir a causa a vontade de comer chocolates...etc...
È reduzir tudo a pequenos gestos, pequenos seres, pequenas causas....
É pensar que toda a realidade, toda a razão de ser dela consiste em executar esses pequenos atos investigatorios...(rs)
16.5.08
Sobre Aristóteles e todos eles....
Tenho a dizer,em relação a todo e qualquer filósofo,
digo a mesma coisa, a saber,a função da filosofia nao é erguer templos,fundando dogmas que sustentam crenças, enchendo de tesouros altares de deus adorados!
O que move a filosofia, desde todo o sempre, nada tem a ver com vontade de teologizar,se tal coisa acontece, isso se deve a vontade de padres de igrejas..que gostam de altares cheios de TESOUROS.
Desses altares o OURO da filosofia anda ao largo!
É um crime de lesa-filosofia pegar uma idiéia qq, um conceito que serviu para responder um determiado problema, num plano de imanência de um filosofia qq e joga-lo solto no ar, numa comun orkutiana ou onde for,fazendo do conceito, da ideia, dita errada, dita enganosa, dita caduca...uma badeira pro-ciência, pro vontade de teologizar,de padres, de cientificistas!
Definitivamente, Aristóteles e todos os filosofos andam ao largo dessas tolices!
São inocentes em relação a essas vontades que reduzem o trabalho que realizaram a um monte de besteiras sem pé nem cabeça, sem sentido ...
Tenho dito..e nunca vou parar de dizer...
11.5.08
Diálogos entre NOBRES
bela é a vitória...da FILOSOFIA
XXXII - O penúltimo poema
A Ricardo Reis
Também sei fazer conjecturas.
Há em cada coisa aquilo que ela é que a anima.
Na planta está por fora e é uma ninfa pequena.
No animal é um ser interior longínquo.
No homem é a alma que vive com ele e é já ele.
Nos deuses tem o mesmo tamanho
E o mesmo espaço que o corpo
E é a mesma coisa que o corpo.
Por isso se diz que os deuses nunca morrem.
Por isso os deuses não têm corpo e alma.
Mas só corpo e são perfeitos.
O corpo é que lhes é a alma
E têm a consciência na própria carne divina.
Alberto Caeiro 07/05/1922 (Presença, nº31-32, Junho de 1931
Menino da Sua Mãe
O Menino da Sua Mãe
NO PLAINO abandonado
Que a morta brisa aquece,
De balas traspassado -
Duas, de lado a lado -,
Jaz morto, e arrefece.
Raia-lhe a farda o sangue.
De braços estendidos,
Alvo, louro, exangue,
Fita com olhar langue
E cego os céus perdidos.
Tão jovem! que jovem era!
(Agora que idade tem?)
Filho único, a mãe lhe dera
Um nome e o mantivera:
"O menino da sua mãe".
Caiu-lhe da algibeira
A cigarreira breve.
Dera-lhe a mãe.Está inteira
E boa a cigarreira.
Ele é que já não serve.
De outra algibeira, alada
Ponta a roçar o solo,
A brancura embainhada
De um lenço...Deu-lho a criada
Velha que o trouxe ao colo.
Lá longe, em casa, há a prece:
"Que volte cedo, e bem!"
(Malhas que o Império tece!)
Jaz morto, e apodrece,
O menino da sua mãe.
Fernando Pessoa
AOS FILÓSOFOS DO FUTURO
43. Serão novos amigos da "verdade" esses filósofos vindouros? Muito provavelmente: pois até agora todos os filósofos amaram suas verdades. Mas com certeza não serão dogmáticos. Ofenderia seu orgulho, e também seu gosto, se a sua verdade fosse tida como verdade para todos: o que sempre foi, até hoje, desejo e sentido oculto de todas as aspirações dogmáticas. "Meu juízo é meu juízo: dificilmente um outro tem direito a ele" — poderia dizer um tal filósofo do futuro. É preciso livrar-se do mau gosto de querer estar de acordo com muitos. "Bem" não é mais bem, quando aparece na boca do vizinho. E como poderia haver um "bem comum"? O termo se contradiz: o que pode ser comum sempre terá pouco valor.Em última instância, será como é e sempre foi: as grandes coisas ficam para os grandes, os abismos para os profundos, as branduras e os tremores para os sutis e, em resumo, as coisas raras para os raros.
Friedrich Nietzsche-
10.5.08
Vontade de verdade..cientificada
Qual é o objeto da ciência?
Este objeto se confunde com o objeto da Filosofia?
Qual é o objeto da Filosofia?
Qual seria a função(terafa) da Filosofia? E da ciência qual seria a funçao?
A busca pela verdade?...
Nietzsche vai dizer, em algum lugar, que a verdade é uma pura questao de interpretaçao,em lugar ele tbm diz que o imperio que Platao fez erguer no ocidente tem a VONTADE DE VERDADE como fundamento...
NIETZSCHE pergunta em algum lugar:
QUEM É QUE QUER A VERDADE?QUEM PRETENDE A VERDADE?
Se a verdade é uma pura questão de interpretação sobre isso que seria um objeto qq: a realidade, a arte, deus, a alma, o mundo...a genetica, o espaço-tempo...etc..etc...Então, pq uma VERDADE SERIA mais verdadeira do que a outra? Que verdade sobre um objeto qq seria mais de acordo com o objeto?
Quem diz que é assim?Quem interpreta o faz de acordo com certos interesses, em conformidade com certos limites, tendo em vista certos lucros....
A visão que podemos ter sobre um objeto qq é sempre condicionada por infinitos fatores..sociais, históricos, econômicos, culturais, geográficos...
SEM FALAR NA NOSSA COTIDIANA CEGUEIRA NATURAL
O IMPÉRIO da vontade de verdade, ao que parece, nao larga mão da VONTADE DE CIENTIFICIDADE!
Mas, faço coro com Nietzsche e pergunto: QUEM quer a verdade... CIENTIFICADA? Por que quer?
O valor, o interesse ( no lucro??) seria o fudamento de toda vontade de cientificidade!??
Não sei, mas, atrás de toda vontade de verdade haveria um INTERESSE! *
DELEUZE NÂO FAZ CORO COM ESTA TEORIA DE QUE A FILOSOFIA é BUSCA PELA VERDADE NÃO!
E ele explica pq a filosofia é ESTA COISA VIVA, pq todas as filosofias coexistem!E nenhuma é falsa ou menos verdadeira do que a outra!
Brincando com Nietzsche e com a vontade de cientificidade...
Niet diz, não sei onde, que a vontade de verdade, escondendo um interesse, estava relacionadda com uma vontade de poder.. POLÌTICO!
Vale dizer :A questão platônica, na visão de Niet, sobre a verdade, não tinha relação com o conhecimento, não era da ordem da Episteme, mas do Kratos e do...(DEMOS?rss)
Eu digo, hoje-aqui-agora, que a vontade de verdade como vontade de cientificidade esconde um interesse, ele não é da ordem da Episteme, mas do Kratos..econômico!
Ou seja, no resumo da opera fica assim:
A Vontade de verdade esconde um interesse da ordem do Kratos...politico-econômico!
Onde foi mesmo que alguém disse que CONHECIMENTO É PODER?
7.5.08
Ao Divino Aplon
Graças ao divino Apolo
E sua LIRA contra Piton
Há hoje sobre a terra
A Ciência...
A Filosofia...
E a MÚSICA
Que tudo ilumina!




