Avançar, deter-se diante de.Eterno jogo do ocultar revelando-se, eis os exercício do filosofar.Neste jogo sem fim o homem aparece como centro do processo, obrigado, sempre, a voltar-se sobre si mesmo, a se torcer, numa tentativa de buscar poder olhar-se e, com um pouco de sorte, quem sabe, poderá se ver. Isto por que, dentre todos os seres, o homem é o único que se sabe incompleto.
Deter-se diante de, avançar e recuar. Diante do que o homem se detém? Por que ele se obriga a avançar?
Segundo os gregos tudo o que existe está impregnado de logos, de inteligência cósmica, é esta inteligência presente nas coisas que convida nosso olhar a perscrutar as coisas, convida nosso olhar a se demorar sobre elas, demorando-se pode pôr-se na escuta, para compreender o que as coisas são, por que são como são, o que as torna o que são.
Todo filosofar pressupõe este jogo: recuar/avançar, ocultar-se e revelar-se.É, sem dúvida, um jogo de sedução, um jogo amoroso.Nele não se pode ir com muita sede ao ponte, senão o que buscamos escapa-nos, não pode haver afobação, pressa, relaxamento.Pelo contrario, é preciso cuidado, tranqüilidade, atenção concentrada, recuo pré-medtado, constante dis-posição, encantamento.
FLB
6.7.08
O Jogo do Filosofar
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